Ícone do site Blog da Ciência

Teoria X Hipótese

Capa do post com o título "Teoria vs Hipótese", com a imagem de estrelas ao fundo.

Teoria e hipótese são termos de conceitos bem diferentes, mas geralmente confundidos como palavras de mesmo significado.

Você já ouviu uma das seguintes frases?

“Não acredito nessa sua teoria.”

“Essa sua hipótese é falha.”

“Interessante essa sua teoria.”

Todas elas tratam hipótese e teoria como uma opinião ou ponto de vista em relação a algo.

No entanto, meras opiniões não representam a verdade para a ciência. Para encontrarmos explicações fundamentadas sobre o funcionamento da natureza, precisamos seguir uma série de etapas que constituem o chamado método científico. E são justamente os conceitos de teoria e hipótese que fazem parte desse método.

Mas antes de vermos a diferença entre teoria e hipótese, precisamos definir o que é uma lei para a ciência.

O que é uma lei?

Uma lei é a generalização de um conjunto de observações, não tendo sido encontrada nenhuma exceção a tais observações.

Considere as leis do movimento de Newton: a terceira delas, conhecida como Lei da Ação e Reação, diz que para uma força aplicada por um corpo A sobre um corpo B, é aplicada pelo corpo B sobre o corpo A uma força de mesma intensidade, mesma direção e em sentido oposto.

Isso explica o que ocorre (a interação entre corpos que aplicam forças entre si), mas não descreve como/por que acontece uma força de reação para toda força de ação.


Qual a diferença entre teoria e hipótese?

As hipóteses são conjecturas, especulações, previsões sobre determinado fenômeno da natureza e como ele se comporta. Hipóteses devem ser testadas, o que normalmente é realizado por meio de experiências.

As teorias são explicações bem fundamentadas para descrever eventos que ocorrem na natureza. Envolvem hipóteses já testadas exaustivamente, fatos e leis.

Uma teoria pode soar como uma explicação definitiva, mas pode vir a ser derrubada com o passar dos anos.

Acompanhe este exemplo.

Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) defendia a teoria da geração espontânea, baseando seus estudos em ideias já aceitas como verdade por outros pensadores.

A geração espontânea, também conhecida como abiogênese (não confundir com a abiogênese que se refere às hipóteses de origem da vida na Terra), consistia em explicar o surgimento de seres vivos a partir de matéria inanimada. Seria como se larvas fossem geradas a partir da carcaça de um animal morto ou ratos surgissem de uma toalha úmida deixada com restos de alimentos em um quarto escuro.

Hoje, isso não faz sentido para nós porque sabemos que os seres surgem a partir de outros seres. No entanto, por muito tempo essa foi a teoria dominante.

Muito tempo mesmo! Vários séculos depois de Aristóteles, cientistas que desconfiavam da teoria da geração espontânea, como Louis Pasteur, formularam a hipótese de que os seres vivos se formam a partir de outros seres vivos (biogênese). Por meio de experimentos, ficou provado que os seres vivos não surgem aleatoriamente e precisam se reproduzir para dar origem a outros seres vivos.

Com os trabalhos e descobertas de diversos cientistas, a hipótese da biogênese foi elevada a teoria, pois foi demonstrada como correta e derrubou a teoria da geração espontânea.

E então, ficou clara a diferença entre teoria e hipótese? Qualquer dúvida, é só deixar o seu comentário abaixo.

Se você gostou do artigo, não se esqueça de curtir e compartilhar com os seus amigos.


Referências: Canal OUSbiology no Youtube, About.com e TopTenz.net