Uma das primeiras lições que lembro de ter aprendido na escola foi sobre os cinco sentidos. Apesar de ainda não ter capacidade intelectual para entender que os sentidos são nossa janela para o mundo externo, fiquei maravilhado de saber que sentir gosto, ouvir, ver, tocar e cheirar eram ações possibilitadas pelo paladar, audição, visão, tato e olfato, respectivamente.
Seguindo o conceito de que sentido é tudo que o nosso corpo consegue captar do ambiente e transformar em informação para o nosso cérebro, é fácil perceber que limitar o número de sentidos em apenas cinco é questionável.
Pense na sua capacidade de sentir calor ou frio, a termocepção. E a noção de equilíbrio, a equilibriocepção. E quanto à nocicepção, a capacidade de nossa pele sentir dor. São todos sentidos.
Para completar nove, há um que nem todos se dão conta: a percepção espacial do corpo ou partes dele, denominada propriocepção. Ao fechar os olhos, temos a noção da posição em que nosso corpo se encontra. Se mantivermos os olhos fechados e movermos o braço, por exemplo, ainda teremos a percepção espacial de onde o braço está.
Na próxima discussão sobre a existência do sexto sentido, já pode dizer que acredita até em um nono!
Referência:
MITCHINSON, J; LLOYD, J. O Livro da Ignorância Generalizada: perguntas e respostas sobre tudo, Record, 2012. 88 p.
Engenheiro de Computação e Informação trabalhando com Marketing Digital e editando o Blog da Ciência. Convicto do poder da divulgação científica como ferramenta para compartilhar conhecimento.